08 janeiro 2018


Balada para um Natal

Por causa do vento
Que sopra lá fora,
Transido de frio
O menino chora!

Veio uma bezerra,
Um anho, um jumento,
Chegaram-se a ele,
Valeram-lhe a tempo!

Quentaram-lhe o corpo
Com bafo inocente
De instinto supremo,
Instinto de gente!

E mesmo que o vento
Soprasse lá fora,
Era de alegria
Que chorava agora.

Que belo poema
Com este cenário
Ali se escrevia:

Daí a um instante
Aquele menino
Sorria, sorria!...




Alexandre Parafita

in Histórias a rimar para ler e brincar,

Texto Editores, 1.ª edição, 2006.

1 comentário:

Odete Ferreira disse...

"Sorria, sorria!..." - Quase canção de embalar, este poema leva-nos para o mundo encantado da história milenar, num sorriso inocente e crente...
Parabéns, Alexandre Parafita.