21 dezembro 2010

Natal



É mais um Natal de chamas
alimentadas por três velhos carvalhos
cruamente abatidos para limpar a terra
ao conforto do cereal. Como se entre
os carvalhos e os trigos crepitasse
um eterno conflito pela compita do espaço.

Arde pois o Natal sobre o corpo
de três carvalhos tombados, na verdade
arde este dia a que eu e os meus
chamamos Natal. Olho o horizonte
e o chumbo pesa, o frio embranquece
as árvores como noutro dia qualquer.

Mas deverá mesmo ser Natal, pressinto-o
por uma circunspecção de gestos, o lento
deslizar das mãos sobre o pêlo dos cães
que dormem com seus focinhos farejando
o fogo, mesmo em sono profundo.

Escrevo esta atmosfera, o lanho rigoroso
do Inverno. Podem chamar-lhe poema,
relâmpago ou nesga de abismo. Ou
simplesmente o respirar desta combustão.

O último Natal talvez seja a sílaba
que nos há-de calar o verso final.

Fernando de Castro Branco [inédito]
 .
 .
 .
 .
[an mirandés:

Ye mais un Natal de chamas
mantenidas por trés bielhos carbalhos
crudamente botados abaixo para lhimpar la tierra
al cunfuorto de l pan. Cumo se antre
ls carbalhos i ls panes bruasse
un eiterno cunflito an zafio pul campo.

Arde antoce l Natal ne l cuorpo
de trés pedamarros caídos, bendo bien
arde este die a que you i ls mius
le chamamos Natal. Miro l hourizonte
i l chombo pesa, l friu sbranqueinha
las arbles cumo noutro die qualquiera.

Mas deberá de ser mesmo Natal, persinto-lo
por un acoutelar de ls géstios, l debagaroso
sgubiar de las manos subre l pelo de ls perros
que drúmen cun sous çofinos fariando
l fuogo, inda que an suonho fondo.

Scribo este aire, la brecha rigorosa
de l eimbierno. Podeis chamar-le poema,
relhistro ou raça de abismo. Ou
solo l resfuolgo deste lhume.

L redadeiro Natal talbeç seia la sílaba
que mos ha de calhar l berso redadeiro.]

puosto an mirandés por Fracisco Niebro


 


19 dezembro 2010

A Virgem e o Menino


Fé, Humildade, Prudência, Pobreza: estas as quatro donzelas que, no Auto de Mofina Mendes, acompanham Nossa Senhora, a quem anunciam a vinda do Filho. A Prudência começa por citar uma sibila, o que significa vitória do divino cristão em ecumenismo de almas:

diz que Deos será humanado

de ũa virgem sem pecado,

que é profunda matéria

pera meu fraco cuidado.


Entre a Pobreza e a Fé, que usam fontes extra-bíblicas, serve-se a Humildade do profeta Isaías, segundo o qual


ex a virgem conceberá

e parirá o messias

e frol virgem ficará.


Informa Gil Vicente que esta obra «foi representada ao excelente príncipe e muito poderoso rei dom João terceiro, endereçada às matinas do Natal, na era do Senhor 1534». Mas pode ter havido uma antestreia em 1515. Entretanto, o
Auto dos Quatro Tempos fora «representado ao mui nobre e próspero rei dom Manoel na cidade de Lisboa, [...] nas matinas do Natal» de ano incerto, entre 1511 e 1520. O que há de extraordinário nesta obra é o facto de os próprios deuses pagãos, através de Júpiter – e, sintomaticamente, em castelhano –, prestarem obediência ao Recém-Nascido. Diz o rei dos deuses pagãos:

Alto niño en excelencia

yo vengo de las alturas

a te adorar


y traerte obediencia

de todas las criaturas

sin faltar.


Assim, cristãos ou não, juntamo-nos, nos Dezembros frios, à volta da pedra de ara, que nem sempre é o altar frio, mas a mesa da amizade em vapores da ternura. Ocorrem as quentes lareiras do Nordeste, que descrevi, loquazes e cheirosas, no romance
Torre de Dona Chama (1994): «A lareira domina a casa do Natal.» (p. 105) Com a Missa do Galo (lá onde a tradição não morreu), reaviva-se a efusão dos seres.
Verão, Estio, Inverno, Outono: estas as quatro figuras – os quatro tempos assim considerados – que Gil Vicente pôs em cena. Como se, desde os alvores de uma literatura que passará, doravante, a tratar o tema do Natal (sem esquecermos a tradição oral), o nosso filigranista do palco dissesse: todo o tempo é tempo de Menino. Escultura e artes plásticas versaram, até à exaustão, a Virgem e o Menino: dou amostra destas em conto breve, a que subjaz tese pouco católica: Maria teve, de facto, uma filha, como bem sabia o carpinteiro José...
Num rápido escorço, citaremos, agora, o contemporâneo Sá de Miranda, que, com uma canção “A Nossa Senhora”, inaugura a tradição mariânica no fórum poético:

Virgem fermosa, que achastes a graça

Perdida antes por Eva, onde não chega

O fraco entendimento, chegue a fe.


Por então, Maria, «Virgem e madre juntamente» (verso 66;
Poesias, ed. de Carolina Michaëlis de Vasconcelos, 1885, 1989, p. 87, 89), reabilita a humanidade e, de algum modo, as mulheres, culpadas, por Jorge Aguiar, num célebre libelo do Cancioneiro Geral (1516) de Garcia de Resende, de estarem na origem das maiores tragédias.

Sucede Baltasar Dias (madeirense cego, que, em 1537, recebia de D. João III um privilégio para impressão das suas obras) com
Auto do Nascimento de Nosso Señor Jesu Cristo, em que entram três pastores e reis magos, o imperador Augusto César, um seu embaixador, Herodes, judeus, velhos, anjos, a Sagrada Família. Embora assunto devocional, não falta o baixo falar, seja o hideputa de pastor, ou esta quintilha do judeu Samuel (em Autos, Romances e Trovas, 1985, p. 56):

Eu tenho inchada a bexia (sic)

e estou cagado de medo

porque ontem ũa formiga

foi me morder este dedo

que me fez dor de barriga.


Nesta narrativa versicular, José provê às condições da mulher, que dá á luz na sua ausência laboriosa. (Até nestes momentos os homens falham, dirão algumas...) Nasce o Menino a chorar – rara indicação, como raramente se encontrará, depois, nas representações sempre demasiado sérias da criança.


O quarto autor quinhentista a citar, e mais mariânico, entre nós, é Frei Agostinho da Cruz (1540-1619), que nos reconduz “À Noite de Natal” em soneto-chave de qualquer antologia:


Era noite de inverno longa e fria,

Cobria-se de neve o verde prado;

O rio se detinha congelado,

Mudava a folha cor, que ter soía.


Quando nas palhas duma estrebaria,

Entre dois animais bruto lançado,

Sem ter outro lugar no povoado,

O Menino Jesus pobre jazia.


– Meu filho, meu amor, porque quereis

(Dizia Sua Mãe) nesta aspereza

Acrescentar-me as dores que passais?


Aqui nestes meus braços estareis;

Que, se Vos força amor sofrer crueza,

O meu não pode agora sofrer mais.


Pudéramos acrescentar Pêro de Andrade Caminha (entre 1520 e 1532-1589) ou Fernão Álvares do Oriente (1530-1607?), nos quais o louvor é dirigido à Virgem Santíssima. Já focando mais a noite de Natal e o presépio, temos, respectivamente, prosas dos padres Vasco Pires (1546-1590) e Alexandre de Gusmão (1629-1734); a oratória sacra sobre a Natividade, estendendo-se até hoje, é pouco excitante.


Os séculos XIX e XX vieram aumentar essa, mais do que bibliografia, biobibliografia, porque da vida de Jesus se trata. Um menos conhecido César de Frias coligiu
Cem das Melhores Poesias Religiosas da Língua Portuguesa (1932), integrando J. Simões Dias (1844-1899), “A Noite de Natal”; Eugénio de Castro (1869-1944), “Natus est Jesus...”; João Saraiva (1866-1948), “Natal”; D. João de Castro (1871-1955), “Noite de Natal”; Maria Lamas (1893-1983), “Natal”. Afonso Duarte ensaiou O Ciclo de Natal na Literatura Oral PortuguesaO Natal Português (1944). Síntese a recomendar, por certo incompleta, deve-se a Jacinto do Prado Coelho no verbete “Natal” do seu Dicionário de Literatura (2.ª ed., 2.º vol., 1971). Mário Martins retomou, aí, o assunto, no verbete “Nossa Senhora. Na Literatura Portuguesa”, cuja bibliografia acrescentei no segundo volume de Actualização (2003), de que sou primeiro responsável. (1936) e Vitorino Nemésio antologiou
A Virgem e o Natal gozam, pois, de uma segura contiguidade, localizável, já, nas Cantigas de Santa Maria, de Afonso X, avô de D. Dinis. Novos florilégios, que o consumo de hoje propicia – O Natal na Poesia, pref. de Manuel Sérgio, Lisboa, Cadernos F. A. O. J., s. d. [1976], Luís Forjaz Trigueiros, O Natal na Poesia Portuguesa, 1987 –, reforçam o quadro do nascimento, mas esquecem a lírica do século XV, ora eivada de latim, ora, no caso do Cancioneiro Geral, capaz de assimilar, já, a Virgem Maria à maternidade de simples mulheres. Um certo Afonso Valente (tomo 5, 1917, p. 389) bendiz, por isso,

as fadas que vos fadaram,

as tetas que vos cryaram.


Bastará, assim, consultar essas referências e temos os principais autores, desde um Almeida Garrett exilado em 1823 (“Que Natal este!”, começa “O Natal em Londres”) aos natais emigrantes de José Rodrigues Miguéis, em
Gente da Terceira Classe (1962). Mas de Garrett importa outro, e menos conhecido, poema, inaugurando tradição de, por esta altura, todas as publicações se repetirem um pouco no pretexto natalício. Assim, na Revista Universal Lisbonense (série III, vol. IV, 24-XII-1844, p. 272-273), temos “O Natal de Christo”, contra uma época não menos ímpia que a de hoje.

No séc. XIX, com aceno no “São Cristóvão” eciano, salientemos as evocações do lar portuense em Ramalho Ortigão (1836-1915) e um natal minhoto logo no tomo I (1887) d’
As Farpas, já evocado na estreia de Em Paris (1868); numa perspectiva de crítica social, Alberto Pimentel “O Natal em Lisboa”, tirado de Fotografias de Lisboa (1874), e o abandono enregelado do «pequenito, vendedor de jornais», em “Noite de Natal” (Ilha dos Amores, 1897; em Poesias Completas, 2004, p. 246), por António Feijó (1859-1917):

Bairro elegante, – e que miséria!

Roto e faminto, à luz sidérea,

O pequenito adormeceu...


Morto de frio e de cansaço,

As mãos no seio, erguido o braço

Sobre os jornais, que não vendeu.


A noite é fria; a geada cresta;

Em cada lar, sinais de festa!

E o pobrezinho não tem lar...


[...]


Sonha talvez, pobre inocente!

Ao frio, à neve, ao luar mordente,

Com o presépio de Belém...


Do céu azul, às horas mortas,

Nossa Senhora abriu-lhe as portas

E aos órfãozinhos sem ninguém...


[...]


e o pequenito extasiado,

naquele sonho iluminado

de tantas coisas imortais,


– No céu azul, pobre criança!

Pensa talvez, cheio de esp’rança,

Vender melhor os seus jornais...


Júlio Brandão (1869-1947), poeta, é ignorado, mas interessa ao ambiente de consoada: em particular, “Natal”,
O Jardim da Morte, 1898; ficcionista, é o tema recorrente em três Contos Escolhidos (1980): “Lenda do Natal”, “Recordando”, “Natal”; com Raul Brandão (1867-1930), fez representar, no Teatro de D. Maria (13-I-1899), A Noite de Natal, um, afinal, drama (em três actos) de costumes e adultério feminino, só editado em 1981.

No séc. XX, reúnem-se, em prosa e verso, L. Mano, “A noite de Natal” , D. João da Câmara (
Contos de Natal), Carlos Malheiro Dias (“A Consoada”), Jaime Cortesão (“Oração do Deus-Menino”), Cabral do Nascimento (“Natal Africano”), Fernanda de Castro (“Natal”), Fernando Sylvan (“Menino Jesus da Minha Cor”), Glória de Sant’Anna (“Poema de Natal”) , Manuel Sérgio ... Não vá sem lembrar o antes incréu G. Junqueiro, “Natal”, em Poesias Dispersas. “O Natal” de Augusto Gil (1873-1929; em Alba Plena. Vida de Nossa Senhora, 1916) tem a particularidade de descrever o presépio nacional:

Êste natal de Jesus

Há dois séculos que o fez,

Com barro mole, um oleiro.

Verdade não a traduz;

Mas, por ser tão português,

– É para nós verdadeiro...


No século XXI, dilui-se a experiência, que não acaba. Assim António Manuel Couto Viana, em “Sentir Natal” .


Está por fazer o balanço de quanto jaz nas páginas de Imprensa, que, nesta quadra, oferece aos leitores os versos e ambientes natalícios possíveis. Decerto nesse espírito, o
Notícias Ilustrado, n.º 29, de 30-XII-1928, ganhou um Fernando Pessoa (1888-1935; em Poesias de Fernando Pessoa, 9.ª ed., 1973, p. 117), simples e pungente, que dá os dois lados da quadra e de um ser dividido, que percebemos melhor se lermos poema na revista Contemporânea, seis anos antes (n.º 6, Dezembro de 1922; 1973, p. 218). Primeiro, este, com o título “Natal”, título que falta ao seguinte:

Nasce um Deus. Outros morrem. A verdade

Nem veio nem se foi: o Erro mudou.

Temos agora uma outra Eternidade,

E era sempre melhor o que passou.


Cega, a Ciência a inútil gleba lavra.

Louca, a Fé vive o sonho do seu culto.

Um novo Deus é só uma palavra.

Não procures nem creias: tudo é oculto.


Agora, o segundo, talvez mais conhecido:


Natal... Na província neva.

Nos lares aconchegados,

Um sentimento conserva

Os sentimentos passados.


Coração oposto ao mundo,

Como a família é verdade!

Meu pensamento é profundo,

‘Stou só e sonho saudade.


E como é branca de graça

A paisagem que não sei,

Vista de trás da vidraça

Do lar que nunca terei!


Não menos conhecida, e no registo de conto infantil, é aquela “História Antiga” de Miguel Torga (1907-1995), que tantos natais celebrou, agora, no
Diário – I, com data de 12-X-1937 (ver Poesia Completa I, 2002, p. 94). Aceita uma leitura política, quando alguns ditadores se perfilavam, mas fiquemos pela leitura mais inocente:

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.

Feio bicho, de resto:

Uma cara de burro sem cabresto

E duas grandes tranças.

A gente olhava, reparava, e via

Que naquela figura não havia

Olhos de quem gosta de crianças.


E, na verdade, assim acontecia.

Porque um dia,

O malvado,

Só por ter o poder de quem é rei

Por não ter coração,

Sem mais nem menos,

Mandou matar quantos eram pequenos

Nas cidades e aldeias da Nação.


Mas,


Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela aldeia fora,

Fugiu

Daquelas mãos de sangue um pequenito

Que o vivo sol da vida acarinhou;

E bastou

Esse palmo de sonho

Para encher este mundo de alegria;

Para crescer, ser Deus;

E meter no inferno o tal das tranças,

Só porque ele não gostava de crianças.


Os articulistas esquecem textos fundamentais nesta matéria: um deles, de 1944, apanha o Menino com sete anos nas
Antigas Andanças do Demónio (1960), de Jorge de Sena (1919-1978), que se inspirou no poema VIII de “O Guardador de Rebanhos”, de Alberto Caeiro, para nos dar a “Razão de o Pai Natal ter barbas brancas”. Há, por ali, umas subversões simpáticas:

Assim, quando o menino Jesus nasceu, já todos os meninos punham o sapato na chaminé.


Outra diferença é que «também ele punha o sapatinho, que, por acaso, era uma sandália» (
Antigas e Novas Andanças do Demónio, 1978, p. 17). Mais: «Ele bem sabia quem punha os brinquedos na sandália (era a Mãe)», e até «vira S. José estar a fazer uma carrocinha, às escondidas» (p. 18). Mas é importante saber que, sendo o Natal «uma coisa muito velha [...], no princípio ele não era pai; nem era velho, e não tinha, portanto, barbas brancas» (p. 17). O que vai, pois, acontecer? No mesmo volume, recomende-se “A noite que fora de Natal”, de 1961, antes, nas Novas Andanças do Demónio (1966).

Também novidade é a pouco conhecida poetisa e ilustre ensaísta Maria de Lourdes Belchior (1923-1998). Amiga de Sena e de Jacinto do Prado Coelho, que se detestavam, para sempre lembrada em David Mourão-Ferreira, um nome incontornável nesta quadra ( com, p. ex., “Natal, e não Dezembro”), ela escreveu a primeira dissertação sobre Agostinho da Cruz, sucedendo-lhe, por seu lado, no fervor mariânico, patente em
Cancioneiro para Nossa Senhora. Poemas para Uma Via-Sacra (1988), donde retiro “Senhora do Presépio” (p. 14):

Tudo tão simples e tão natural:

(um nascimento igual aos do filhos dos homens?)

a mãe serena, aliviada após o parto,

contempla o filho recém-nascido,

carne da sua carne, recém-parido.


Tudo tão simples e sobrenatural:

mistério de uma virgem dando à luz

um menino filho de Deus, gerado

por obra e graça do Espírito Santo.


Tudo tão simples e sobrenatural:

em Belém uma virgem dava à luz o Salvador.

Filho de Deus e de Maria

Nascia para o mundo o Redentor.


Podemos concluir, assim, na lição da Bíblia, que estes versos de mulher de fé resumem. Com um sorriso em Jorge de Sena, que me lembra (posso citar um brasileiro, na sua estreia com
Alguma Poesia, 1930?) Carlos Drummond de Andade e seu «papai noel às avessas», que entrava para roubar os brinquedos das crianças. A verdade é que, na madrugada em que escrevo estas notas – ¬ e sonho com "Natais distantes”, «que eram vagarosos e tingiam / da cor e do sabor de frutos estivais / os rios dias de então.», reza A. M. Pires Cabral, As Têmporas da Cinza, 2008, p. 24 –, quem me ocorre é, ainda, um terceiro Fernando Pessoa ortónimo, que também não precisa de título (p. 129-130):

Chove. É dia de natal.

Lá para o Norte é melhor:

Há a neve que faz mal.

E o frio que ainda pior.


E toda a gente é contente

Porque é dia de o ficar.

Chove no Natal presente.

Antes isso que nevar.


Pois apesar de ser esse

O Natal da convenção,

Quando o corpo me arrefece

Tenho o frio e Natal não.


Deixo sentir a quem quadra

E o Natal a quem o fez,

Pois se escrevo ainda outra quadra

Fico gelado dos pés. 
 

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A Academia de Letras de Trás-os-Montes, inscrita no Registo Nacional de Pessoas Colectivas sob o número 509669131, foi fundada em 12 de Junho de 2010. Tem sede no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira, em Bragança.

É seu objectivo promover e divulgar os autores transmontanos ou obras que versam temáticas da região, valorizando, assim, o nosso riquíssimo património material e imaterial.

Nesse sentido, propõe-se organizar sessões de lançamento de livros, apoiar a edição, colaborar com instituições afins em Portugal e no estrangeiro na base de protocolos (alguns, entretanto, assinados), propiciar debates, instituir prémios literários e integrar júris, recolher e organizar bibliografia num centro de documentação aberto à comunidade.


Na sua primeira reunião, em 6 de Novembro de 2010, decidiu a respectiva Direcção avançar, já, com duas antologias, entre várias medidas a anunciar, em breve, enquanto outras requerem aprovação da Assembleia-Geral. 
 
 
 

Presidente Honorário e Órgãos Sociais

Na Assembleia Geral de 5 de Outubro de 2010, foi eleito como 

Presidente Honorário da Academia de Letras de Trás-os-Montes
Adriano Moreira


Na mesma data foram eleitos para os corpos sociais da Academia de Letras de Trás-os-Montes, para 2010-2013:

Assembleia-Geral

A.M. Pires Cabral

Fernando Calado
Maria da Assunção Anes Morais


Direcção


Ernesto Rodrigues

Fernando de Castro Branco
Amadeu Ferreira
Manuel Cardoso
Maria Hercília Agarez


Conselho Fiscal


Rogério Rodrigues

Idalina Brito
Alfredo Cameirão